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sábado, 10 de abril de 2010

" Massacre da Pedra Bonita "

:: Durante três anos, de 1835 a 1838, em Pernambuco, uma comunidade com cerca de mil pessoas morou próximo à construção natural de Pedra Bonita sob a liderança do Sr. João Antônio. Inspirado em um cordel sobre Dom Sebastião, este homem dizia que o mitológico rei português (morto no século 16 em batalha contra os mouros) desencantaria ali, trazendo com sí, o Reino Encantado de Dom Sebastião. O fanático João Ferreira reunia seus seguidores em torno de um grande rochedo (a “Pedra do Reino” como era chamada) e dizia que, para que o rei Sebastião revivesse era preciso que a grande pedra ficasse totalmente tingida com sangue humano. Quem doasse o sangue para a volta do rei seria recompensado: doentes se curariam, pobres ficariam ricos e todos seriam imortais na nova vida. Os registros oficiais sobre a Pedra do Reino citam uma beberagem à base de manacá com jurema servida por João Ferreira aos seus seguidores, durante as cerimônias. Um é raiz; a outra, erva. Ambos, fortes alucinógenos. A tentativa de tingir a pedra com sangue humano (para que, finalmente, o milagre acontecesse) foi levada à prática entre os dias 14 e 16 de maio de 1838. O primeiro a ser degolado foi o pai de João Ferreira. Outras 50 pessoas foram sacrificadas, a maioria crianças. Mas, mesmo assim, o rei Sebastião não apareceu. Os fanáticos, então, decidiram sair em procissão, tendo à frente João Ferreira. Encontraram uma patrulha e foram massacrados.

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